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terça-feira, 22 de abril de 2014

José Pacheco e a descolonização do Brasil

Pedro colonizou, outro Pedro deu o grito, mas é o tal do José que descoloniza a velha Pindorama

Há exatos 516 anos, o português Pedro Alvares Cabral encostou suas naus na costa brasileira e iniciou o processo de colonização. A colonização portuguesa neste país teve como principais características civilizar, exterminar, explorar, povoar, conquistar, dominar, cuspir e jogar fora. Para desenvolver sua produção comercial, os portugueses utilizaram a mão de obra escrava. Os primeiros a serem escravizados foram os indígenas, posteriormente foi utilizada a mão de obra escrava africana, o tráfico negreiro neste período se tornou um atrativo empreendimento. 

Daí em diante, todos já sabem o que aconteceu e como as coisas chegaram aos dias de hoje: colônia, império, república, falsas democracias, racismo, desigualdade, falta de liberdade, moradia e direitos básicos.No século XX , desembarcou em terras brasileiras, pela primeira vez, depois de outros milhares deles, um outro português: José Pacheco. Com um entusiasmo quase que obsessivo que beira a impertinência, o “portuga bigodudo” roda o Brasil, conversa com estudantes, professores, educadores, entusiastas da educação e crianças, jovens e adultos que acreditam numa transformação democrática por meio da educação, da integração comunitária e das artes. 
A boa impertinência é a que José pratica. Aquela que luta contra a opressão, o autoritarismo e a “ocupação bélica intelectual”. A educação brasileira, que se revela uma extensão dos sistemas colonizadores que se estabeleceram a partir da chegada de Cabral, se dissolve paulatinamente com as 300 viagens que Pacheco faz em média, por ano, lutando contra as violências burocráticas, fomentando e assessorando projetos alternativos de aprendizagem, gerindo processos que aproximam o país e sua população educadora de uma verdadeira democracia. Hoje, vou conversar com as pessoas que estão ao meu lado e dizer que tem um senhor de cabelo branco, português, que poderia estar descansando na rede de sua confortável residência em Cotia, cidade do interior de São Paulo, mas prefere cair na estrada, Brasil adentro e labutar na DESCOLONIZAÇÃO dessa que já é sua nação. 

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